Entidades de matriz africana superam dificuldades e desfilam na micareta de Feira.

Superação

Essa é a palavra que define o desfile das entidades de matriz africana na micareta de Feira de Santana 2018. Após quatro meses de muitas dificuldades, muitas idas e vindas e muitas inverdades. Cerca de 20 entidades afro, foram para a avenida mostrar um belíssimo trabalho cultural que é desenvolvido nas comunidades periféricas do nosso município. Sem poder contar com a ajuda da prefeitura de Feira de Santana devido a má administração da entidade que os representa, os blocos afro, afoxés e escolas de samba se uniram em torno de um só objetivo, ressignicar a cultura afro, essa foi a palavra de ordem durante todas as apresentações. A maioria das entidades puderam contar com a ajuda do governo do estado através do Programa Ouro Negro, que viabiliza uma verba para tais entidades utilizarem durante o ano em ações sociais e culturais, porém cerca de 6 agremiações não foram contempladas com esse programa e como não houve renovação do convenio com a secretaria de cultura do município elas ficaram sem recurso algum para irem pra avenida, o que levou as demais a unirem forças e ajudarem para que todos pudessem desfilar. 






Se utilizando de um horário anormal para tais apresentações e debaixo de chuva, as entidades deram um toque especial a micareta, dentro de um horário que não existia a festa, elas levaram pra o local disponibilizado pela prefeitura, cerca de 200 pessoas que nitidamente se sentiram contempladas por estarem na avenida naquele horário que historicamente não tinha nada pra ver. O Grupo Cultural Moviafro, organizou e coordenou os desfiles, já que o até então representante legal das entidades não compareceu e nem delegou as atividades a outras pessoas." Foi lindo, ver todas as entidades afro, unidas em um só ideal". Disse uma expectadora que levou a família para conhecer a festa e lá ficou sabendo da atual situação. Os representantes da secretaria de cultura do estado estavam presentes avaliando as entidades que foram contempladas e ficaram surpresos que pela primeira vez, "vimos todos falando a mesma língua e de fato como a secretaria de cultura do estado Arany Santana disse: vocês são sobreviventes". Frisou um dos técnicos da Secult/Ba.




Segundo Val Conceição, coordenador do Grupo Cultural Moviafro, será realizada na próxima quarta-feira, uma reunião com todas as entidades de matriz africana para deliberarem sobre o futuro dessas entidades. Não podemos permitir que agremiações com mais de maio seculo de existência, simplesmente sejam dizimadas como aconteceu com algumas de Salvador. Vamos resistir e vamos consertar os erros cometidos por aqueles que nunca tiveram compromisso com a cultura afro na nossa cidade. Disse ele.






 No sábado a noite, houve a apresentação da Banda Afro Tambores Urbanos e Banda Roça Sound patrocinados pelo governo do estado que levaram a musica de matriz africana para a avenida em um trio elétrico de primeira linha, cedido pela prefeitura. No domingo a tarde, fechando a programação das entidades afro, o Bloco Afro Nelson Mandela, desfilou também no circuito oficial e contagiou o publico presente, com suas musicas e sua ala de dança que esbanjou brilho e elegância na avenida.









No sábado a noite, houve a apresentação da Banda Afro Tambores Urbanos e Banda Roça Sound patrocinados pelo governo do estado que levaram a musica de matriz africana para a avenida em um trio elétrico de primeira linha, cedido pela prefeitura. No domingo a tarde, fechando a programação das entidades afro, o Bloco Afro Nelson Mandela, desfilou também no circuito oficial e contagiou o publico presente, com suas musicas e sua ala de dança que esbanjou brilho e elegância na avenida.























Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O negrume da noite, reluziu o dia. Ilê Aiyê e Cortejo Moviafro, fazem história na micareta de Feira de Santana.

A Moviafro é uma mulher preta.

Núcleo Moviafro de Teatro Preto, busca equidade nos palcos.