Entidades culturais realizam rifas para se manterem em atividade durante a pandemia.


Sem sobra de duvidas a pandemia do novo coronavírus impactou direta e indiretamente diversos setores da sociedade, mas todos concordam que o setor cultural e de entretenimento está sendo o mais afetado, por ter sido o primeiro a ter que parar as suas atividades e por ser o ultimo a retornar. 


Desde março de 2020, a Associação Cultural Moviafro de Feira de Santana, precisou adiar a maioria das suas atividades e mesmo tentando se reinventar utilizando as plataformas virtuais, algumas ações tiveram que ser adiadas por não haver possibilidade da realização de forma presencial. Por ser uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos a Moviafro sobrevive de doações dos parceiros que conquistou ao longo dos seus sete anos de existência, bem como de pessoas que se identificam com o proposito da entidade e ajudam como podem.


Porém, devido a pandemia, tanto os parceiros consolidados quanto os esporádicos, deixaram de contribuir o que está colocando em risco a continuidade dos projetos criados e desenvolvidos pela associação, a exemplo do Encontro Moviafro de Mulheres Negras, Agosto da Igualdade Moviafro, Concursos Mister Afro e Miss Afro Plus Size, Festival Moviafro de Musica de Matriz Africana e as Comemorações do Mês da Consciência Negra, todas essas ações com foco na formação, conscientização, desenvolvimento e fortalecimento da auto estima e da auto aceitação de homens e mulheres negras de Feira de Santana e toda a sua região metropolitana. 


Lei Aldir Blanc

A Moviafro apresentou um projeto para concorrer a um dos editais da Lei Aldir Blanc no município de Feira de Santana, porém, surpreendentemente não obteve exito o que deixou sua diretoria e seus filiados perplexos, já que o projeto apresentado havia sido contemplado anteriormente em um edital bem mais complexo. Foi alegado como justificativa após ser dada entrada em recurso, que o projeto não correspondia com o proposito do prêmio que contemplaria AÇÕES CULTURAIS, CIDADANIA, CULTURA E DIVERSIDADE, coincidentemente algumas das bases da associação que é facilmente observada nas suas ações.


Rifas

Sem ter alternativas e por já ter se exaurido os recursos reservados, a coordenação da entidade resolveu apostar na realização de rifas beneficentes e mais uma vez contar com a solidariedade das pessoas envolvidas ou não com a causa, mais que de alguma forma se identificam com o Projeto Moviafro Feira de Santana. São oferecidos como premiação, diversos artigos, como roupas confeccionadas com tecidos africanos, calçados, bonés e acessórios como brincos, anéis e pulseiras.
Por um valor simbólico de apenas R$10, aquele ou aquela que se interessa, pode ajudar a associação a manter viva as suas atividades e ainda pode ganhar prêmios. Anny Santos que responde pelas finanças da Moviafro Fsa, revela que tem sido extremamente difícil manter as contas em dias, principalmente para a realização dos eventos, eventos esses necessários e importantes para a população afrodescendente, ainda segundo Anny, os eventos da Moviafro não são festas mas sim ações afirmativas que impactam e já transformou a vida de mais de 500 jovens negros/as da periferia de Feira de Santana e região metropolitana.

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